Mostrando postagens com marcador Ciencia e Saude. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ciencia e Saude. Mostrar todas as postagens

22 fevereiro, 2012

Intolerância à Lactose

Intolerância à Lactose ou Hipolactasia Primária



A lactose é o açúcar presente no leite, que quando consumido é transformado em energia (glicose) no nosso organismo pela ação da enzima lactase-florizina hidrosale (LPH). A falta ou deficiência dessa enzima faz com que a lactose chegue até o intestino sem ser absorvida, consequentemente sua fermentação por bactérias pode causar flatulência, diarréia, desconforto intestinal e sintomas típicos de indigestão. Por este motivo, muitas vezes a intolerância quando não identificada, pode ser confundida como um simples mal estar digestivo ou até mesmo com alergia ao leite.

→ Tipos de Intolerância

Deficiência Primária de Lactase ou Hipolactasia Primária: Deficiência mais comum na população, à medida que a idade avança, ocorre diminuição na produção da enzima Lactase, ou seja, essa diminuição é ditada geneticamente pela diminuição da expressão do gene LCT que codifica a enzima lactase. Quadro clínico se inicia por volta dos 2 ou 3 anos e perdura por toda a vida.

Deficiência Secundária de Lactase: A deficiência é adquirida no decorrer da vida e é uma condição temporária. Entre as causas prováveis estão doenças digestivas (intoxicação alimentar ou infecção intestinal, por exemplo), que promovem inchaço das vilosidades do intestino, o que impede que a lactase exerça sua função de hidrolisar a lactose e promover energia para o organismo. Pessoas que passaram por cirurgias de remoção de parte do intestino podem estar sujeitos a essa condição temporária.

Deficiência Congênita de Lactase: Sendo mais rara, a atividade de lactase é muito baixa ou ausente no epitélio intestinal desde o nascimento, geralmente transmitida de geração em geração.

→ Importância do diagnóstico

Uma das maiores preocupações para pessoas com a intolerância à lactose é adotar uma dieta que suplemente os nutrientes encontrados no leite, principalmente o cálcio. Cerca de 70% do cálcio da alimentação humana vêm do leite e seus derivados. É importante a orientação de um nutricionista para auxiliar na readequação dos hábitos alimentares.

→ Exame Genético para Intolerância à Lactose

Atualmente, pesquisas indicam a realização do teste genético para rastreamento prévio na investigação de intolerância à lactose não congênita, antes que se realizem as provas funcionais, geralmente mais invasivas. O exame genético analisa um polimorfismo comum à população brasileira, o polimorfismo C13910T no gene LCT.

Polimorfismo são pequenas alterações na sequência do DNA de cada indivíduo e que, entre outros fatores, caracterizam uma população. A troca do nucleotídeo C por T na posição 13910 do gene da lactase na população brasileira está presente em 43% dos brancos/pardos descentes de europeus/africanos, 20% dos negros descendentes de africanos e ausente os descendentes asiáticos.

→ Exame Genético x Exames Tradicionais

Tolerância oral à lactose e teste do hidrogênio expirado: o paciente é submetido à ingestão de uma sobrecarga de lactose para avaliação da curva glicêmica e a excreção do hidrogênio na respiração. Nestes testes o paciente intolerante pode apresentar sintomas bastante intensos.

Biópsia intestinal: Exame altamente invasivo, pouco sensível de valor clínico limitado.

Exame genético: Altamente sensível, específico e rápido, além de não invasivo, pois são necessárias apenas algumas células bucais coletadas com um swab (kit de coleta), não sendo necessário nenhuma dieta especial ou preparação prévia.

→ Metodologia

PCR-RFLP


Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) seguida da Análise dos Polimorfos dos Fragmentos de Restrição do DNA Genômico (RFLP)


Fonte: Grupo São Camilo



16 fevereiro, 2012

Predisposição Genética à Obesidade

Pequenas alterações no genoma, denominados polimorfismo são comuns na população e podem acarretar propensão a determinadas características ou doenças. O risco de obesidade, especialmente pode varia de pessoa para pessoa, as que possuírem a predisposição genética tem uma tendência maior a manter a massa corporal adquirida. A identificação dessa alteração genética servirá de base para o médico indicar sessões de atividades físicas controladas, mudança no hábito da alimentação ou estilo de vida, atuando de forma preventiva.




O Polimorfismo C825T no gene GNβ3

O Polimorfismo C825T consiste na troca das bases C (citosina) por T (timina) na posição 825 do exon 10 do gene GNβ3 que codifica a subunidade β3 da proteína G. Essa alteração resulta numa variante (Gβ3-s) onde há deleção de 41 aminoácidos do exon 9. Pessoas que apresentam essa alteração nos dois alelos são homozigotas (825TT) e em apenas um alelo, heterozigotas (825CT) e ambos os genótipos carregam a predisposição, sendo mais acentuado em homozigotos (825TT).


Estudos independentes mostram que o genótipo 825TT do gente
GNβ3 contribui para o alto risco de hipertensão e obesidade em brancos e negros e ao genótipo Thrifty (Genótipo de Poupança - mecanismo que permitem o armazenamento de energia na forma de gordura). Este polimorfismo tem sido correlacionada ao aumento da massa corporal e retenção de peso na população em geral e, principalmente, em mulheres após o primeiro parto.

A genotipagem do gene
GNβ3 é uma ferramenta útil na medicina preventiva, possibilitando a identificação precoce de indivíduos com risco de obesidade e hipertensão e, consequentemente, das inúmeras patologias associadas, como doenças cardiovasculares, lipidemias e diabetes tipo 2, bem como na adequação individualizada dos respectivos tratamentos.

Metodologia: PCR-RFLP
Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) seguida da Análise dos Polimorfismos dos Fragmentos de Restrição do DNA Genômico (RFLP).

Indicação:
Pessoas com histórico de obesidade na família, obesos com ou sem tratamento; mulheres primíparas no início da gravidez e crianças.


Fonte: Grupo São Camilo



07 dezembro, 2011

Síndrome de Reye



A Síndrome de Reye é uma doença grave, de rápida progressão e muitas vezes fatal. Esta relacionada ao uso de salicilatos (especialmente a aspirina) em conjunto com uma infecção viral (influenza ou varicela). Pode ser confundida com encefalite, meningite, diabetes, overdose de drogas ou envenenamento.

A doença ataca diretamente o fígado, o fazendo não trabalhar corretamente, deixando substâncias químicas prejudiciais acumularem no sangue. Essas subastâncias afetam diretamente o cérebro aumentando a pressão dentro do mesmo.

Os principais sintomas são: Vômitos, náuseas e mudanças nas funções mentais.

Com o agravamento do quadro, as alterações mentais podem resultar em profunda irritabilidade, agitações, delírios, convulsões levando ao coma. O que se procura fazer é manter os órgãos vitais do paciente em bom estado e proteger o cérebro contra danos irreversíveis. Para isso, são utilizados medicamentos com o fim de reduzir a pressão intracerebral. A confirmação do diagnóstico de síndrome de Reye é realizada através da biópsia de fígado e punção lombar.

A Síndrome de Reye normalmente afeta crianças e adolescentes, a incidência em adultos é algo raríssimo que pode acontecer. Grande parte dos casos ocorre no fim do Outono e durante o Inverno. Atualmente a incidencia é bastante rara, afetando menos de 20 crianças por ano em alguns países, pois tomam outros tipos de medicamento quando necessitam de um analgésico ou antipirético.

A causa da Sindrome de Reye é desconhecida, e não existe tratamento específico para a doença apenas suporte intensivo. Ela não é contagiosa e estudos recentes identificaram lesões na ultraestrutura mitocondrial que provavelmente estão relacionadas à causa. Além da associação entre o desenvolvimento da doença e o uso de aspirina seja um consenso entre os especialistas.





Fonte: Mundo educaçã. Superinteressante.

Por Maria Farias



29 novembro, 2011

Pré-eclâmpsia


A pré-eclâmpisia é uma doença que afeta algumas mulheres na gestação e ocorre, geralmente, na segunda metade da gravidez, após á 28ª semana (sétimo mês e meio). A gestante apresenta pressão alta, podendo se associar com edema (inchaço) mais intenso e proteinúria (perda excessiva de proteínas pela urina). Seus fatores são desconhecidos, mas é possível controlar para que não se torne grave e comprometa a gestação e o bebê, resultando em parto prematuro ou levando ao uso de medicamentos para normalizar a pressão.

A forma leve da doença, recebe o nome de pré-eclâmpisia, não comprometendo a gestação e permite que a mulher siga sem grandes problemas até o nono mês. Já na forma grave, chamada de eclâmpisia, a gestante pode apresentar convulsão. Ela também pode ter a doença associada à síndrome HELLP, quando a paciente apresenta hemólise (rompimento de uma hemácia), níveis elevados de enzimas hepáticas e queda de plaqueta com possibilidade de hemorragia.

Como as causas presumíveis da doença são tidas como genético-imunológicas e o problema acomete principalmente a primeira gestação, podemos relacioná-la á presença de antígenos (substâncias que causam reação imunológica no organismo) do pai, que estão no feto, e a mãe não os reconhece como dela, desencadeando a doença e modificando a placentação. A partir do segundo filho esta alteração imunológica não acontece, mas, ao mudar o parceiro tudo funciona como se fosse o primeiro filho.

Na maioria dos casos, a pré-eclâmpisia pode ser detectada pela pressão mais alta associada á proteinúria, com grande ganho de peso em pouco tempo, traduzindo o inchaço. Nas formas mais graves, associamos sintomas de uma eclâmpisia iminente, ou seja, uma convulsão que esta prestes a ocorrer. Para tanto, é necessário observar se há dores na altura do estomago, dores de cabeça e alterações visuais. Os três sinais têm que estarem juntos para caracterizar o risco de convulsão. Se a pressão for muito alta na fase de pré-eclâmpisia, a gestante corre o risco de ter um derrame, isto é, um acidente vascular cerebral (AVC). A doença também pode provocar danos nos rins, mas isso é passageiro e regride após o nascimento do bebê.

Dessa forma, o grupo de maior risco é formado pelas mulheres na primeira gestação, pela gestação gemelar (aquela que apresenta dois ou mais fetos em uma mesma gravidez) e por gestantes com pressão arterial alta desde o inicio. Também correm risco gestantes portadoras de doenças autoimunes, como diabetes tipo 1 e de doenças renais.

Considerando que as principais causas de morte materna durante a gestação no Brasil são hipertensão, hemorragia e infecções, podemos associar a pré-eclâmpisia e a eclâmpisia (com convulsão) como responsáveis por boa parte dos óbitos. Embora o problema exija atenção especial, é preciso ter em mente que um bom pré-natal garantirá segurança.



Fonte: Revista Sabor & Vida

Por Maria Farias

17 novembro, 2011

Todos contra o Cigarro

Tamanha preocupação ao redor do cigarro tem justificativa: O cigarro possui cerca de 4.720 substâncias em sua composição, sendo 60 delas cancerígenas, além de 52 doenças tabaco-relacionadas sem contar o próprio vício ocasionado pela nicotina. Além de ser uma doença por causa da dependência que acarreta, a nicotina está associada ao desenvolvimento dos males que mais matam no mundo ocidental.



Dividimos em três grupos, os principais maleficios à saúde relacionados ao tabagismo:

• Doenças cardiovasculares (infarto agudo do miocárdio, derrame cerebral e aneurisma de aorta).
• Cânceres ( cânceres de pulmão, traquéia, bexiga, esôfago, faringe, laringe, língua e lábios são apontados como os mais recorrentes e de maior gravidade).
• Doenças respiratórias (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, mais conhecida como DPOC).


Essas doenças ocorrem pela falta de oxigenação causada pelo monóxido de carbono, gás presente no cigarro, e outras substancias tóxicas do fumo. Quando a pessoa fuma, tal substância gruda na hemoglobina, então quando o sangue passa pelo pulmão para captar oxigênio, não consegui cumprir sua função, pois a molécula de monóxido de carbono esta impregnada, ou seja, menos oxigênio para todos os órgãos.

Além de comprometer a oxigenação dos órgãos, o tabaco ainda ataca o DNA das células, acelerando sua morte. É justamente esse fator que situa o cigarro entre os causadores do diabetes, podendo destruir as células pancreáticas levando ao desenvolvimento da doença.

As chances de desenvolver doenças relacionadas ao tabaco também cercam fumantes passivos. A diferença é que os fumantes ativos inalam uma quantidade maior do que quem esta ao redor. Mas, embora menor, o risco existe e varia conforme a quantidade de fumaça inalada e o tempo de exposição.






Livre-se do cigarro e das doenças associadas.


Muitos fumantes acham que fumar é uma questão de força de vontade. Na verdade, o tabagismo deve ser encarado como uma doença. O primeiro passo é marcar uma data para parar de fumar, entender os sintomas de abstinência e saber agir durante as crises.

O segundo passo do tratamento diz respeito ao suporte farmacológico, que se encarrega de produzir no cérebro as sensações de prazer que o fumante obtém com o cigarro. Na hora de escolher um tipo de tratamento, avaliar o grau de dependência nicotínica do paciente é fundamental. A avaliação é simples trata-se do questionário de Fagerström, composto de seis perguntas e facilmente encontrado na internet.

Adesivos, gomas de mascar e pastilhas são representantes da terapia de reposição nicotínica. Já o medicamento Bupropiona desponta em outro grupo terapêutico e destaca-se pela ação antidepressiva e moderadora de apetite. O terceiro grupo de medicamento responde pela Vareniclina, fármaco mais recente para tratamento de tabagismo.

Mudança de hábito faz parte do tratamento.


Embora a nicotina seja responsável pelo vício do cigarro, ela não atua sozinha. “Fumantes também tem uma dependência psicológica.” A situação é agravada pelo fato de as pessoas fazerem do cigarro um companheiro para diferentes momentos, sejam eles de tristeza, felicidade ou ansiedade. Na hora de abandoná-lo, é preciso evitar tais costumes. Caso contrário, eles se transformam em gatinhos para o fumo.

Aumentar a ingestão de água, praticar atividade física e consumir alimentos saudáveis, como legumes e frutas, somam-se as alternativas para driblar os gatinhos da vontade de fumar.



Por Maria Farias


23 agosto, 2011

Flavonóides



Conhecido como enófilo, aquele que é o amante da arte e do consumo do vinho, ou até mesmo a pessoa que tem o hÁbito tomar sempre um ótimo vinho onde nos oferecem uma variedade sem par de sabores, perfumes e aromas, firmes ou suaves, que brincam e dançam no nosso paladar, acompanhando banquetes ou refeições. Hoje em dia existem vários clubes de vinhos, até mesmo no Brasil e a cada dia vem aumentando os apreciadores de vinho.

Até hoje muitas pessoas se perguntam, será que vinho faz bem ? Sim, ele realmente faz bem. Mas não é porque faz bem, você deve embebedar-se achando que tomar uma maior quantidade vai estar mais saudável. Dizem os estudiosos que uma taça de vinho diário é o necessário para estar estimulando os Flavonóides (substância presente no vinho, que apesar de possuir álcool não altera as suas propriedadees benéficas).Vamos entender mais sobre os Flavonóides por parte ciêntifica.


Estrutura Química: Flavonóide

→ Flavonóides Antioxidantes

Entre os antioxidantes presentes nos vegetais, os mais ativos e frequentemente encontrados são os compostos fenólicos, tais como os flavonóides. As propriedades benéficas desses compostos podem ser atribuídas à sua capacidade de sequestrar os radicais livres (Decker, 1997). Os compostos fenólicos mais estudados são: o ácido caféico, o ácido gálico e o ácido elágico. Esses compostos de considerável importância na dieta podem inibir o processo de peroxidação lipídica (Hartman & Shankel, 1990; Halliwell et al., 1995).

O ácido elágico, encontrado principalmente na uva, morango e nozes, tem sido efetivo na prevenção do desenvolvimento do câncer induzido pelas substâncias do cigarro (Castonguay et al., 1990).

A curcumina, um composto fenólico usado como corante de alimentos, é um antioxidante natural derivado da cúrcuma (Curcuma longa) que tem sido extensivamente investigado. A curcumina seqüestra os radicais livres e inibe a peroxidação lipídica, agindo na proteção celular das macromoléculas celulares, incluindo o DNA, dos danos oxidativos (Kunchandy & Rao, 1990; Subramanian et al., 1994).

Os compostos fenólicos podem inibir os processos da oxidação em certos sistemas, mas isso não significa que eles possam proteger as células e os tecidos de todos os tipos de danos oxidativos. Esses compostos podem apresentar atividade pró-oxidante em determinadas condições (Decker, 1997).

Existe na literatura muita controvérsia sobre o mecanismo de ação dos flavonóides. Os flavonóides atuam como antioxidantes na inativação dos radicais livres, em ambos os compartimentos celulares lipofílico e hidrofílico. Esses compostos têm a capacidade de doar átomos de hidrogênio e portanto, inibir as reações em cadeia provocadas pelos radicais livres (Hartman & Shankel, 1990; Arora et al., 1998). Os flavonóides mais investigados são: a quercetina, a miricetina, a rutina e a naringenina (Hartman & Shankel, 1990).

A quercetina está presente nas frutas e vegetais, e é o flavonóide mais abundante encontrado no vinho tinto. Entretanto, esse antioxidante pode reagir com ferro e tornar-se um pró-oxidante (Gaspar et al., 1993).

Os flavonóides miricetina, quercetina e rutina foram mais efetivos do que a vitamina C na inibição dos danos oxidativos induzidos pelo H2O2 no DNA de linfócitos humanos (Noroozi et al., 1998).

(-)-epicatequina e rutina apresentaram atividade antioxidante sobre o OH· superior ao antioxidante manitol, um conhecido seqüestrador de radicais hidroxila (Hanasaki et al., 1994).

Outros flavonóides naturais, (-)-epicatequina e (-)-epigalocatequina, com propriedades antioxidantes e inibidores do processo de carcinogênese, são encontrados no chá verde e em menores concentrações no chá preto (Rice-evans et al., 1995; Mukherjee et al., 1997).

Knekt et al. (1997) encontraram uma relação inversa entre o consumo de flavonóides na dieta e o desenvolvimento de tumores em indivíduos na faixa etária de 50 anos e não-fumantes. Os autores observaram que entre as muitas fontes de flavonóides da dieta, o consumo de maçãs apresentou os melhores resultados na prevenção do desenvolvimento de tumores no pulmão.

→ Flavonóides no Organismo Humano

São capazes de atuar como protetores do funcionamento do fígado, possuem atividade antialérgica e auxiliam no controle da osteoporose. É descrita no meio científico, inclusive a função antitumoral dos flavonóides, auxiliando no controle e impedindo o surgimento de determinados tipos de cânceres. Além disso, outros estudos comprovaram que esses metabólitos possuem atividades antibacteriana e antifúngica, e podem ainda auxiliar no tratamento da Leishmaniose e da Doença de Chagas.

Estudos divulgados recentemente demonstraram que os flavonóides possuem papel importante no controle do câncer do pulmão, do fígado, dos rins e da mama. Pesquisas têm demonstrado que a genisteína e a daidzeína, flavonóides presentes na soja, apresentam efeito anti-cancerígeno.

Em populações que consomem dietas ricas em soja e seus derivados, é possível observar uma menor incidência de determinados tipos de câncer (cólon, mama e próstata, principalmente) quando comparadas com populações que não consomem esses alimentos. Acredita-se que a suplementação da dieta com certos produtos da soja, que têm mostrado suprimir a carcinogênese em animais, poderia reduzir as taxas de mortalidade por câncer em seres humanos.




Fonte:

FLAVONÓIDES: UM POTENTE AGENTE TERAPÊUTICO - FISA/FUNCESI
Radicais livres e os principais antioxidantes da dieta (Revista de Nutrição - Scielo)



26 novembro, 2010

A Cura da Leucemia

Médicos dizem ter curado leucemia com células-tronco de cordão umbilical

t anos de idade. Os dados foram divulgados pelo banco de cordões umbilicais alemão Vita 34, uma empresa fundada em 1997 por médicos da cidade germânica de Leipzig.

Com base nas informações da empresa, a doença foi diagnosticada em uma menina alemã de três anos e, após receber tratamento de quimioterapia, comprovou que sua única possibilidade de sobrevivência era um transplante de células-tronco.

“A esperança de vida da paciente se reduzia para três meses sem um tratamento de células-tronco”, explica em comunicado o médico Eberhard Lampeter, diretor médico de Vita 34, quem comentou que as células cancerígenas haviam alcançado já o cérebro.

Acrescentou que os pais da pequena no momento de seu nascimento decidiram conservar seu cordão umbilical, do qual extraíram as células-tronco necessárias para o transplante.

Vita 34, o mais antigo e maior banco de cordões umbilicais da Alemanha, ressaltou que até agora 75 mil pais utilizam seus serviços. Lampeter destacou que 15 crianças, entre elas seis com danos cerebrais, foram tratadas até agora com células-tronco de seus cordões umbilicais.

A empresa centraliza suas investigações no envelhecimento, multiplicação e reprogramação das células-tronco, assim como no desenvolvimento de novos tratamentos baseados em células-tronco para tratar o diabetes de tipo 1, danos cerebrais e doenças cardíacas.



Fonte: Dênio Cardoso





06 novembro, 2010

Descoberta de Ac - Pode levar a cura do resfriado

Cientistas britânicos dizem que uma mudança fundamental no entendimento de como o corpo combate infecções virais pode auxiliar o combate a doenças causadas por vírus - entre elas, o resfriado comum.

Até hoje, especialistas pensavam que os anticorpos produzidos pelo organismo combatiam infecções virais bloqueando ou atacando os vírus fora das células.

No entanto, pesquisadores do Conselho de Pesquisa Médica (MRC, na sigla em inglês), na Grã-Bretanha, concluíram que os anticorpos podem penetrar nas células e lutar contra os vírus uma vez lá dentro.

→ Antivirais

Segundo um artigo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, a descoberta pode abrir caminho para a criação de novas drogas antivirais.

Os cientistas do Laboratório de Biologia Molecular do MRC, em Cambridge, Inglaterra, enfatizaram que serão necessários anos de trabalho e de testes para que sejam desenvolvidas novas terapias. Eles também dizem que essa possível nova estratégia de combate não teria efeito sobre qualquer tipo de vírus.

"Os vírus são os grandes matadores da humanidade em todo o mundo, matam duas vezes mais pessoas por ano do que o câncer", disse à BBC o chefe da equipe, Leo James.
Ele explicou que quando um paciente sofrendo de uma infecção viral, como um resfriado, vai a um médico, não há muito o que o médico possa fazer. Antibióticos só são efetivos no combate a bactérias - não vírus.

"(Essa descoberta) nos dá uma estratégia completamente nova para a criação de novos tipos de antivirais contra uma gama de vírus, como o do resfriado comum e o da gastroenterite", disse o chefe da equipe, Leo James.
"Claro que ainda é muito cedo, não vamos ter uma cura amanhã", ressaltou.
Embora o resfriado comum não tenha cura hoje, seus sintomas costumam desaparecer espontaneamente em até dez dias.

→ Novo paradigma

Já há algumas drogas antivirais disponíveis para auxiliar o tratamento de certas doenças. Entre elas estão os medicamentos usados por portadores do vírus HIV. Mas as revelações feitas pela equipe do MRC transformam o pensamento científico anterior a respeito da imunidade do homem contra doenças provocadas por vírus.

O estudo mostrou que os anticorpos podem entrar nas células e, uma vez lá dentro, desencadear uma resposta, auxiliada por uma proteína chamada TRIM21. Essa proteína empurra o vírus para dentro de um sistema de excreção usado pela célula para se livrar de materiais indesejados.

Os pesquisadores verificaram que esse processo acontece rapidamente, normalmente antes de que a maioria dos vírus tenha oportunidade de prejudicar a célula.

Eles também descobriram que aumentar a quantidade de proteína TRIM21 nas células torna o processo ainda mais efetivo, o que aponta o caminho para a criação de drogas antivirais melhores.

O vice-diretor do Laboratório de Biologia Molecular do MRC, Greg Winter, disse: "Essa pesquisa não representa um avanço apenas na nossa compreensão de como e onde os anticorpos atuam, mas também no entendimento geral da imunidade e das infecções".


Fonte: BCC



02 agosto, 2010

Células-tronco Pluripotentes

O que são Células-tronco pluripotentes?

Existem três tipos de células pluripotentes: as células-tronco embrionárias, as células-tronco de pluripotência induzida e as células de carcinoma embrionário.



→ Células-tronco embrionárias

Células-tronco embrionárias são células derivadas do blastocisto. Ao passarem por um cuidadoso processo de adaptação, passam a ser cultivadas em laboratório.

Estas células têm o potencial de se diferenciarem em qualquer célula de um organismo, como por exemplo neurônios e fibroblastos, a única exceção são as células que formam os anexos embrionários (placenta, entre outros), que não podem ser geradas a partir de células-tronco embrionárias.

Atualmente muitos pesquisadores utilizam estas células em seus laboratórios para realização de estudos em diversas áreas como Biologia do Desenvolvimento, Regeneração Tecidual, teste de fármacos, dentre outras. Já existem células-tronco derivadas de diversos organismos, como camundongos, primatas e humanos.




Picture Imagem: Terese Winslow, Caitlin Duckwall;
adaptada de: stemcells.nih.gov




→ Células-tronco de pluripotência induzida (iPS)

As células-tronco de pluripotência induzida (iPS) são células somáticas que passaram por um processo de reprogramação readquirindo características de células-tronco embrionárias.

Ao serem expostas a fatores específicos estas células somáticas reprogramam sua maquinaria e adquirem a plasticidade de uma célula pluripotente.



Muitos estudos ainda vem sendo feitos para comparar as iPS com as células-tronco embrionárias, verificando as similaridades e diferenças destas duas categorias de célula. A possibilidade de geração de células pluripotentes a partir de qualquer tipo celular abre um grande leque de possibilidades para a pesquisa, especialmente na área da pesquisa humana, uma vez que a geração destas células não envolve o uso de embriões.



Fonte: Lance-ufrj




16 junho, 2010

Nova Técnica de Radioterapia - Câncer de Mama

Nova técnica prevê apenas uma dose de radioterapia para pacientes de câncer de mama.

O câncer de mama é o que mais mata mulheres no Brasil

Uma única dose de radioterapia durante a cirurgia para a retirada do câncer de mama se mostrou tão eficiente quanto a série de 15 a 35 sessões normalmente recomendadas após a operação, segundo um estudo britânico publicado na revista médica The Lancet.

Os médicos testaram a técnica em mais de 2.000 pacientes, acompanhadas ao longo de quatro anos. Se sua eficácia for comprovada, a técnica significaria a redução de filas, economia nos custos dos tratamentos e as pacientes sofreriam menos com os efeitos colaterais.

Segundo a fundação Cancer Research UK, o estudo pode ter um “grande impacto” para as pacientes.

» Precisão

O câncer de mama é o que mais causa morte entre as mulheres no Brasil, segundo o INCA, e nos países ocidentais é uma das principais causas da morte de mulheres.

A retirada do tumor é, normalmente, o primeiro passo no tratamento de câncer de mama, seguida pelas sessões de radioterapia para matar qualquer célula cancerígena remanescente.

Com a nova técnica, os médicos usam um aparelho de radioterapia móvel que pode ser inserido no seio durante a cirurgia e atingir um alvo específico, de onde foi retirado o tumor.

A pesquisa, liderada por médicos britânicos, mas realizada em nove países, mostrou que a reincidência do câncer em mulheres com mais de 45 anos de idade foi a mesma, independente da técnica utilizada – dose única ou múltipla de radioterapia.

Entre as mulheres que receberam apenas uma dose, houve seis reincidências. Entre as que receberam tratamento de radioterapia prolongado, cinco apresentaram reincidência. Mas a dose única evita danos potenciais a órgãos como o coração, pulmão e esôfago, que podem ocorrer quando a radiação é direcionada a todo o seio, afirmam os pesquisadores.A frequência de qualquer complicação ou grandes efeitos tóxicos foi semelhante nos dois grupos.

» Trauma

O oncologista Jeffrey Thobias, do University College London Hospitals (UCLH), que apresentou a primeira paciente a ser submetida à nova técnica com o oncologista Jayant Vaidya, disse:

“Acredito que a razão pela qual ela funciona tão bem é a precisão do tratamento. Ele erradica as células em uma área de altíssimo risco – a parte do seio de onde foi retirado o tumor”.

Vaidya, que também é oncologista do UCLH, afirmou que com o novo tratamento muitas mulheres não precisariam retirar seu seio. Josephine Ford, de 80 anos de idade, foi diagnosticada com câncer de mama em fevereiro de 2008 e tratada com a nova técnica três meses depois. A operação foi um sucesso e ela afirma que a dose única

“simplificou tudo e tornou o processo menos traumático”.

Apesar dos resultados otimistas, os médicos afirmam que a técnica só se aplica a pacientes com câncer de mama semelhantes aos tratados durante o estudo. Os médicos também afirmam que serão necessários vários anos até que a eficácia seja totalmente provada e o tratamento seja adotado em vários hospitais.


Fonte: BBC



01 junho, 2010

Ração Humana

→ O que é ?

É um suplemento nutricional à base de cereais integrais, criado para ser adicionado diariamente às refeições e garantir uma rica quantidade e variedade de vitaminas, proteínas e fibras, que nem sempre são encontradas nas refeições habituais.

A ração humana (original) foi criada por uma terapeuta natural chamada Lica Takagui Dias, que 'vendeu' sua fórmula para a Takinutri, que comercializa a ração humana original a preços elevados.


→ Benefícios

• Ajuda no funcionamento do intestino
• Aumenta o coeficiente metabólico e a eficácia na produção de energia.
• Lubrifica e regenera a flora intestinal.
• Excelente para a redução de peso
• Ideal para prisão de ventre e acidez estomacal.
• Diminui os riscos de doenças cardiovasculares e arterioesclerose.ana


A ração humana apresenta muitos benefícios, de acordo com nutricionistas e pesquisadores o mau manuseio deste produto pode trazer também malefícios.
diz Biomedicina3l

→ Nutricionistas advertem contra o mau uso da ração humana

Para quem quer perder peso pulando a etapa do exercício físico e da boca fechada não pode se enganar: o produto não é uma solução, nem um programa de emagrecimento.

"A ração tem que ser misturada com leite ou suco. As fibras possuem muito açúcar e, em excesso, elas fazem mal"
diz Juliana, que dá outra dica: muita gente está usando a ração de forma equivocada, substituindo refeições. (G1.globo.com)

→ Pesquisadores analisam os tipos de ração humana

Não há padrão para os ingredientes, as análises tiveram o resultado de que o teor de proteína está acima do que esperávamos e de fibra um pouco menor

O sódio também está acima do ideal. A recomendação é que seja consumido, no máximo, um grama e meio por dia. Mas algumas rações contém até cinco gramas. Os obesos geralmente apresentam quadros de hipertensão. O fato da ração humana consumida em grandes quantidades por essas pessoas faz com que o quadro de hipertensão se agrave o que pode levar um problema cardíaco adicional por causa desse sódio, conta a pesquisadora Nathália Dragano.

Pacientes desnutridos, também precisam ficar atentos. Sem uma dieta balanceada, o consumo de alguns minerais combinados pode piorar a absorção das vitaminas.

Por exemplo: o ferro e o cálcio juntos: um impede a absorção do outro então um idoso que quer prevenir a osteoporose pode ingerir isso com leite e ao invés de estar melhorando, está piorando a absorção, completa Anne. Outro alerta é sobre a forma como a ração humana é apresentada ao consumidor.

Os pesquisadores explicam que quando os grãos ou vegetais são moídos, ficam mais expostos ao ambiente externo. Se não forem bem embalados, os ingredientes podem se oxidar e quando ingerimos, no organismo, se transformam em radicais livres. Os radicais livres atuam no envelhecimento precoce e no início e progressão de doenças degenerativas como câncer, doenças como Alzeymer e Parkinson.

Para evitar os efeitos negativos da ração humana o ideal é usar o composto sempre com a orientação de um nutricionista e nunca como substituto de refeições. (Jornal Hoje)

→ Cuidados

Deve-se tomar alguns cuidados para..
- Não comprar a ração humana sem rótulo, sem marca e sem a composição nutricional.
- Não comprar a ração humana com os ingredientes já misturados e em pó (caso a marca não seja conhecida também).
- Armazenar ao abrigo da luz.
- Ingerir mais líquido que o habitual.
- Não substituir refeições principais (principalmente almoço).

→ Derivados:


Fibra de Trigo: Ajudam a baixar o nível de colesterol e açúcar no sangue. Acelera o trânsito gastro-intestinal, ajuda a prevenir o câncer de colo, constipação intestinal, hemorróidas, obesidade, e muitos problemas de saúde.




Linhaça: É rica em proteínas e ferro, protege contra tumores de mama, ovário e próstata. Associado com a proteína da soja, aumenta a atividade do sistema imunológico. Rica em ômega 3, tem efeito antiespamódico, analgésico, antiinflamatório do aparelho gastro-intestinal.




Leite de Soja: Reduz o colesterol, regula a formação do osso, rica em proteína e em sais minerais, é de fácil digestão, regulariza pressão, e fortalece todo o sistema imunológico do organismo. Rica em hormônios e aumenta os níveis de estrogênio nas mulheres na menopausa. Possuem atividade anticancerígenas e antivirais.




Farelo de Aveia: Contêm uma espécie de goma que envolve as moléculas gordurosas dificultando sua absorção pelo organismo, assim o seu poder anticolesterol é capaz de reduzir a gordura circulante no sangue.




Levedo de Cerveja: Suplemento alimentar muito rico, pois nele se encontram cerca de 17 vitaminas, 16 aminoácidos e 18 minerais. É a maior fonte natural de vitaminas do complexo B. ajuda a regularizar as funções intestinais, ajudam o fígado no trabalho de desintoxicação do organismo, protege a flora intestinal, anemias, fadiga, reumatismo, artrite, gota, neurites, furunculose, celulite, obesidade, arteriosclerose, nevralgias, resfriados. É tônico para os nervos, aumenta a resistência física, embeleza a pele, tem a ação antiinfecciosa e desintoxicante.




Gergelim: É um alimento muito rico, tônico dos nervos, combate dores reumáticas, tumores, acido úrico, memória fraca, alergia, hemorróidas, gastrite, câncer, menopausa, úlcera, prisão de ventre, pressão alta e azia. Rico repositor de cálcio.




Germem de Trigo: Contêm vitaminas do grupo A, B, D, K e principalmente E, que regenera os tecidos, combate a menstruação irregular, dificuldade de crescimento e desenvolvimento, fraqueza muscular e infecções, combate também doenças dos tipos reumáticas, como a ciática, torcicolo, traumatismo muscular e nervoso, doenças cardíacas e circulatórias.




Guaraná: Previne a arteriosclerose, favorece a intelectualidade. Eficaz no esgotamento físico e mental. Contra indicado nos casos de insônia e hipertensão.




Gelatina Natural em Pó: Enrijece os tecidos, aumenta a elasticidade da pele, combate a flacidez e a celulite, previne rugas, fortifica unhas e combate a queda de cabelo.




Açúcar Mascavo: É o açúcar da cana integral, não passa pelos processos de refino e industrialização. Rico em cálcio, ferro, potássio, e diversas vitaminas que não são encontradas no açúcar refinado. Não é aconselhável para diabéticos.




→ Receita

É recomendado o consumo diário de 40mg (2 colheres de sopa).

Ingredientes RECEITA 1 (Mais indicada e completa)

500g de soja em pó
500g de farelo de trigo
500g de farelo de aveia
100g de gergelim
100g de linhaça dourada
100g de guaraná em pó *
100g de levedo de cerveja
100g de gérmen de trigo
100g de açúcar mascavo *
100g de gelatina sem sabor
100g de quinua
100g de cacau em pó *
100g de farinha de maracujá

Ingredientes RECEITA 2 (Mais comum e barata)
250 g de fibra de trigo
125 g de leite desnatado em pó
125 g de linhaça marrom
100 g de açúcar mascavo *
100 g de aveia em flocos
100 g de gergelim com casca
75 g de gérmen de trigo
50 g de gelatina sem sabor
25 g de guaraná em pó *
25 g de levedo de cerveja
25 g de cacau em pó *

*não recomendado para diabéticos e grávidas.
*consulte um nutricionista




28 maio, 2010

Cientista diz ter sido infectado com vírus de computador



O cientista britânico Mark Gasson, da Universidade de Reading, contaminou um chip de computador que foi implantado em sua mão.

O artefato, que o permite passar por portas com código de segurança e ativar seu telefone celular, é uma versão sofisticada dos chips de identificação utilizados para marcar animais.




Cientista alerta para os riscos de tecnologia implantada no corpo humano.


Gasson demonstrou em experiências que o chip tem a capacidade de passar o vírus de computador para sistemas de controleexternos.
Se outros chips implantados fossem então conectados ao sistema eles também ficariam corrompidos, segundo o cientista.

→ Alerta médico

Gasson admite que o teste apenas prova um princípio, mas ele acredita que existam implicações importantes para um futuro em que aparelhos médicos, como marcapassos e implantes cocleares (dispositivos eletrônicos que ajudam a proporcionar uma sensação de som para pessoas surdas) se tornarão mais sofisticados e correrão o risco de ser contaminados por outros implantes humanos.

"Com os benefícios deste tipo de tecnologia vêm os riscos. Nós podemos nos melhorar de alguma forma, mas assim como as melhorias de outras tecnologias, como os telefones celulares, por exemplo, elas se tornam vulneráveis a riscos, como problemas de segurança e vírus de computador", afirmou Gasson.

O cientista prevê que no futuro vá ser feito maior uso de tecnologia implantada.

"Este tipo de tecnologia passou a ser comercializado nos Estados Unidos como um tipo de bracelete de alerta médico, para escanear seu histórico médico no caso de você ser encontrado inconsciente."

→ Cirurgia plástica

O professor Rafael Capurro, do Instituto de Ética da Informação Steinbeis-Transfer, na Alemanha, disse à BBC News que a pesquisa é "interessante".

"Se alguém for capaz de obter acesso online a seu implante pode ser algo sério", disse.

Capurro contribuiu para um estudo para a Comissão Européia em 2005 que analisou o desenvolvimento de implantes digitais e o possível abuso deles.

"De um ponto-de-vista ético, a vigilância de implantes pode ser positiva e negativa", afirmou.

"Vigilância pode ser parte do tratamento médico, mas se alguém quer te prejudicar pode ser um problema."

Além disso, afirmou Capurro, deve haver cautela se implantes com capacidade de vigilância começassem a ser utilizados fora do campo médico.

Porém, Gasson acredita que vai haver uma demanda para estes aplicativos não-fundamentais, assim como as pessoas pagam por cirurgia plástica.

"Se nós encontrarmos uma forma de melhorar a memória ou o QI de alguém, então há uma possibilidade real de que as pessoas resolvam ter este tipo de procedimento invasivo."



Fonte: BBC


19 fevereiro, 2010

Vacina sem refrigeração

Pesquisadores da universidade de Oxford, na Inglaterra, conseguiram desenvolver uma cápsula feita de açúcar que protege vacinas para doenças causadas por vírus. Com sa proteção, o medicamento pode ser mantido a uma temperatura de até 37°C por mais de um ano.

A nova tecnologia é uma parceria da universidade com a empresa Nova Bio-Pharma Technologies. Para preservar os vírus, os cientistas desenvolveram uma membrana formada por uma fina camada de plástico com um vidro feito de dois tipos de açúcar, onde ficam os microorganismos.

Na hora da vacinação, um líquido dissolve o açúcar e libera o princípio ativo. Para tornar a vacina fácil de usar, os pesquisadores criaram uma cápsula que pode ser acoplada entre a seringa (que leva o líquido solvente) e agulha.

Esperança contra a malária

Os testes foram realizados com duas vacinas promissoras contra a malária, doença que afeta principalmente países pobres da região tropical. Uma das maiores dificuldades nesses locais é manter a vacina resfriada.

Os autores do estudo, publicado no periódico “Science Translational Medicine”, dizem que ainda são necessários alguns testes para saber se a vacina suporta temperaturas extremas enfrentadas durante o transporte de cargas sem refrigeração.




08 fevereiro, 2010

Células da pele são transformadas diretamente em neurônios



Instituto para a Biologia da Célula-Tronco e da Medicina Regenerativa na Universidade Stanford, na Califórnia, divulga pesquisa onde apresentam transformação de células comuns da pele diretamente em neurônios, sem necessidade de manipulação de células-tronco. A experiência abre a perspectiva que futuramente seja possível retirar uma amostra da pele de um paciente para transformar as células em um tecido sob medida para transplantes no tratamento de doenças cerebrais, como os males de Parkinson e Alzheimer, ou para a cura de lesões de coluna.


Marius Wernig, da Universidade Stanford, que dirigiu o estudo diz que, induziram ativa e diretamente um tipo de célula para se tornar um tipo completamente diferente de célula.

"São neurônios totalmente funcionais. Eles podem fazer todas as coisas principais que os neurônios fazem no cérebro".


O resultado surpreendeu; Em artigo na revista "Nature," os pesquisadores disseram ter usado apenas três genes para transformar as células cutâneas diretamente em neurônios, que eles batizaram de "células neuronais induzidas". A equipe já está tentando fazer o mesmo com células humanas, mas Wernig disse que nesse caso parece ser um pouco mais complicado.

Genes que 'mandam'

O grande foco da medicina regenerativa tem sido as células-tronco embrionárias humanas, que retêm a capacidade de gerar qualquer tipo de tecido do organismo. Mas seu uso é polêmico e restrito.

Nos últimos anos, os cientistas também conseguiram fazer células cutâneas regredirem para um estágio semelhante ao das células-tronco, quando são chamadas de células-tronco pluripotentes induzidas.

A nova experiência pula todas essas fase intermediária e, embora não signifique de imediato que não há necessidade do uso de células-tronco embrionárias, ela sugere que há um caminho para evitá-las.

Um problema das novas células é que elas não proliferam bem em laboratório e não vivem tanto quanto as células-tronco primitivas. Mas Wernig disse acreditar que será possível transformar as células cutâneas em todos os outros tipos.

"É preciso apenas encontrar o coquetel de transcrição correto, e você poderá transformar qualquer coisa que quiser em qualquer (outra) coisa que quiser", disse Wernig.

Fatores de transcrição são genes que dizem o que outros genes têm de fazer. Cada célula no organismo contém todo o mapa do DNA, ou genoma, mas só determinados genes operam em certas células.


Fonte: g1.globo.com

18 novembro, 2009

Cientistas dos EUA recomendam exame contra câncer de mama a partir dos 50

Seis grupos independentes de pesquisa americanos publicam nesta terça-feira (17) na revista "Annals of Internal Medicine" a conclusão de que exames de mama bienais em mulheres entre 50 e 74 anos são tão vantajosos quanto os exames anuais a partir dos 40, sem suas desvantagens.

Clique aqui para ler o artigo original (12 páginas, em inglês, formato .pdf)




As mamografias a cada dois anos conservariam quase todos os benefícios (em média 81% de detecção) do exame anual, com quase metade da incidência de falsos positivos (exames que indicam equivocadamente que a paciente tem câncer).

"Ocorrência de falso positivo causa estresse desnecessário''


Os pesquisadores examinaram 20 estratégias com diferentes faixas de idade e intervalos entre os exames. Avaliaram seu impacto, incluindo benefícios e desvantagens. O principal autor do artigo, Jeanne Mandelblatt, do Georgetown Lombardi Comprehensive Cancer Center, destaca que todas as avaliações chegaram à mesma conclusão, mesmo aplicando diferentes modelos de análise dos dados.

"Precisamos de mais pesquisa para compreender como desenvolver o monitoramento segundo o risco individual"

Tomando por base um cenário em que não são realizados exames, nunca, a mamografia ano sim ano não a partir dos 50 anos alcança uma redução média na mortalidade por câncer de mama de 16,5%. Se o exame de mama começa aos 40 e é realizada, também, a cada dois anos, há uma redução média de mortalidade de 19,5%, o que significa uma mulher "salva" a mais a cada 1.000. O resultado é melhor, mas neste cenário cresce o número de falsos positivos, biópsias desnecessárias e ansiedade. "É uma situação que causa estresse", pondera Mandelblatt. "Precisamos de mais pesquisa para compreender como desenvolver o monitoramento segundo o risco individual (de surgimento de câncer)", diz.

O painel foi promovido pela Cancer Intervention and Surveillance Modeling Network ( Cisnet ), uma rede que recebe financiamento do Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos. Clique aqui para acessar documento completo da Cisnet sobre câncer de mama (281 páginas, em inglês, formato .pdf).

Biomedicina3l:


Isso é um tanto absurdo, talvez para diminuir gastos na área de saúde. Tive uma palestra sobre o assunto, o médico especialista em câncer de mama recomenda que mulheres após 35 anos fazem anualmente a mamografia, e auto-exame da mama apenas é capaz de identificar tumores a grau II, assim tendo menos chance de tratamento, e fazendo anualmente o 'check-up', identifica-se a doença em fase inicial.


Fonte: Ciência e Saúde - G1

10 novembro, 2009

Califórnia destina US$ 200 milhões para pesquisa aplicada com célula-tronco

O momento é sem precedentes na história da medicina, especialmente numa área jovem e controversa como a das células-tronco. Cientistas estão extremamente ansiosos para ver os resultados desse investimento, prometido para 2013.

Pela primeira vez na história, um órgão governamental dedica a “bagatela” de US$ 200 milhões para que se ache a cura – ou ao menos novas terapias que melhorem a vida dos portadores – de cerca de dez tipos de doenças, num prazo de 4 anos, utilizando-se células-tronco.

A iniciativa, conhecida como “Disease Team Awards”, partiu do Instituto de Medicina Regenerativa da Califórnia (CIRM, na sigla em inglês) que propôs o desafio para a comunidade científica mundial. Os termos eram simples: curar ou melhorar a qualidade de vida de pacientes usando-se células-tronco. Valia qualquer tipo de células-tronco, qualquer tipo de estratégia (triagem de drogas, transplante etc.), qualquer tipo de doença incurável e qualquer tipo de pesquisador (colaborações internacionais e com empresas eram bem-vindas e estimuladas).

As únicas restrições foram o período de 4 anos para o produto entrar no mercado e que o trabalho deveria ser realizado em sua maior parte na Califórnia. Nada mais justo, visto que o CIRM surgiu a partir de um plebiscito (a famosa Proposição 71). Os cidadãos votaram a favor do uso de US$ 3 bilhões, por 10 anos, para pesquisas com células-tronco.



Leia toda reportagem: G1>Ciência e Saúde

09 novembro, 2009

Casos de câncer são relacionados à obesidade

Nos EUA, 100 mil novos casos de câncer são relacionados à obesidade. Mais de 25% dos americanos são obesos.

Obesidade desregula a produção de insulina.

A obesidade causa mais de 100 mil casos de câncer por ano nos Estados Unidos, afirmaram nesta quinta-feira (5/11) cientistas do Instituto Americano de Pesquisa de Câncer. Mais de 25% dos americanos são obesos.




O excesso de peso está ligado a quase a metade dos casos de câncer de endométrio, a camada que reveste o útero, e a um terço dos registros de câncer de esôfago.

O câncer é a segunda causa de morte entre os americanos, ficando atrás apenas dos ataques cardíacos, apontam os cientistas. Os pesquisadores descobriram que a obesidade desencadeia e desregula a produção de insulina e de alguns hormônios aumentando o risco de câncer.

Donna Ryan, oncologista e presidente da Sociedade Americana de Obesidade, afirma que a insulina é provavelmente a ligação entre a obesidade e os casos de câncer.

“Os níveis elevados do hormônio frequentemente são observadas em pessoas obesas. A insulina é um poderoso acelerador do crescimento das células e isso afeta os tumores”, diz.
A obesidade eleva o nível de estrogênio, o hormônio feminino circulando no sangue, o que pode levar a doença. Os outros tipos de câncer mais ligados a obesidade são o câncer de rim, do colo e do reto, do pâncreas e da vesícula.

Os pesquisadores querem mostrar também a importância da prevenção da obesidade, que pode evitar muitas mortes e também um gasto astrônomico para o governo. Todos os anos a Casa Branca gasta o equivalente a R$ 258 bilhões na saúde, com problemas relacionados ao excesso de peso.

Anne Mc Tiernan, diretora do Centro de Prevenção do Centro de Pesquisas de Câncer Fred Hutchinson, em Seattle, diz que a melhor forma de manter o risco de desenvolver câncer sob controle é perder peso, ter uma dieta saudável e praticar exercícios.

Fonte: g1.globo.com

05 novembro, 2009

Necessidade de rapidez após acidente vascular cerebral

Quando atingido por um acidente vascular, o cérebro humano pode ser salvo se receber tratamento adequado e a tempo. Os acidentes vasculares cerebrais são causados quando uma artéria se rompe, sangrando dentro do cérebro, ou quando fica obstruída por um coágulo, impedindo o sangue de alimentar as células.

Existe um tratamento para desobstruir as artérias: trata-se da injeção de uma substância capaz de dissolver esses coágulos. O ativador tissular do plasminogênio, chamado de rTPA, atua sobre o coágulo e pode restaurar o fluxo natural de sangue.

Mesmo nos Estados Unidos, segundo um trabalho realizado pela Cleveland Clinic de Ohio, somente 2% das vítimas de acidentes vasculares cerebrais recebem o tratamento com o rTPA.


No Brasil, mesmo nas grandes capitais, poucos hospitais conseguiram se organizar para receber os pacientes e conseguir iniciar o tratamento de pronto.A principal causa para essa pequena utilização está no fato de que o tratamento só é efetivo se for administrado nas primeiras três horas após o início dos sintomas.

Além dessa razão, existem contraindicações ao método que devem ser respeitadas pela equipe que está atendendo à vítima do derrame (como é chamado o acidente vascular cerebral pela população).

Um paciente tratado a tempo pode ficar sem déficits neurológicos ou ter as consequências do acidente vascular bastante diminuídas.

Duas frentes de trabalho se apresentam:

a população deve conhecer os sintomas de um acidente vascular cerebral e saber que o tempo é crucial para o desfecho dessa situação.

Por outro lado, as estruturas de saúde devem estar preparadas e equipadas do ponto de vista tecnológico e de pessoal especializado para prestar o atendimento imediato que essa emergência médica demanda.

Quais são os sinais que devem ser observados?

• Perda súbita da força ou dos movimentos em um dos membros ou face, geralmente atingindo um dos lados do corpo
• Perda da visão de um dos olhos de forma súbita
• Dificuldade de equilíbrio do corpo para caminhar ou mesmo se manter de pé
• Dor de cabeça súbita e muito intensa inesperada

Uma observação importante: todos esses sinais podem ocorrer de forma fugaz com recuperação espontânea, mas mesmo assim a avaliação especializada é indispensável.


Leia Mais: Saude em Foco
Twitter: @saudeemfoco

03 novembro, 2009

Remédio para lúpus pode ser primeiro fruto do projeto Genoma Humano

O projeto Genoma Humano, que busca conhecer os detalhes de nossa composição genética, ficou pronto em 2003, depois de 13 anos de esforço cooperativo científico internacional. Com o anúncio dessa descoberta, veio a expectativa de que daí sairiam novos medicamentos e, quem sabe, a cura de várias doenças.

Mas o final do sequenciamento dos nossos genes foi o início de uma nova fase de estudos, onde o papel das sequência de genes e suas interações podem ser conhecidas.

Com o passar dos anos, o público pode perceber o que os cientistas já sabem há muito tempo: de uma descoberta de ciência básica até que surja uma aplicação prática podem se passar anos.

Agora, em 2009, com publicação dos resultados promissores da pesquisa em humanos de um novo medicamento para o lúpus, podemos estar chegando perto daquele que será o primeiro produto nascido do projeto Genoma Humano.

→ Lúpus

O lúpus eritematoso é uma doença autoimune, ou seja, nosso organismo deixa de reconhecer algumas estruturas como parte de nosso corpo e passa a atacá-las.

Atualmente o tratamento disponível usa anti-inflamatórios e medicamentos que buscam diminuir a resposta imunológica de uma forma genérica. Esse novo medicamento, ainda não aprovado, se propõe a agir diretamente nos agentes químicos que iniciam essa resposta.

Estima-se que mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo tenham lúpus. A doença pode se manifestar de várias formas, desde alterações na pele até problemas nas articulações e lesões em órgãos internos.

→ Estima-se que

O composto químico pode ser o primeiro desenvolvido a partir de estudos do genoma se chama belimumab e pertence à classe dos anticorpos monoclonais, usados atualmente no tratamento de câncer.

Os estudos em humanos já passaram da fase final de avaliação e os resultados deverão ser submetidos às autoridades regulatórias no final de 2009. Os fabricante esperam que esteja no mercado em 2010.

Escrito por Luis Fernando Correia