29 novembro, 2011

Pré-eclâmpsia


A pré-eclâmpisia é uma doença que afeta algumas mulheres na gestação e ocorre, geralmente, na segunda metade da gravidez, após á 28ª semana (sétimo mês e meio). A gestante apresenta pressão alta, podendo se associar com edema (inchaço) mais intenso e proteinúria (perda excessiva de proteínas pela urina). Seus fatores são desconhecidos, mas é possível controlar para que não se torne grave e comprometa a gestação e o bebê, resultando em parto prematuro ou levando ao uso de medicamentos para normalizar a pressão.

A forma leve da doença, recebe o nome de pré-eclâmpisia, não comprometendo a gestação e permite que a mulher siga sem grandes problemas até o nono mês. Já na forma grave, chamada de eclâmpisia, a gestante pode apresentar convulsão. Ela também pode ter a doença associada à síndrome HELLP, quando a paciente apresenta hemólise (rompimento de uma hemácia), níveis elevados de enzimas hepáticas e queda de plaqueta com possibilidade de hemorragia.

Como as causas presumíveis da doença são tidas como genético-imunológicas e o problema acomete principalmente a primeira gestação, podemos relacioná-la á presença de antígenos (substâncias que causam reação imunológica no organismo) do pai, que estão no feto, e a mãe não os reconhece como dela, desencadeando a doença e modificando a placentação. A partir do segundo filho esta alteração imunológica não acontece, mas, ao mudar o parceiro tudo funciona como se fosse o primeiro filho.

Na maioria dos casos, a pré-eclâmpisia pode ser detectada pela pressão mais alta associada á proteinúria, com grande ganho de peso em pouco tempo, traduzindo o inchaço. Nas formas mais graves, associamos sintomas de uma eclâmpisia iminente, ou seja, uma convulsão que esta prestes a ocorrer. Para tanto, é necessário observar se há dores na altura do estomago, dores de cabeça e alterações visuais. Os três sinais têm que estarem juntos para caracterizar o risco de convulsão. Se a pressão for muito alta na fase de pré-eclâmpisia, a gestante corre o risco de ter um derrame, isto é, um acidente vascular cerebral (AVC). A doença também pode provocar danos nos rins, mas isso é passageiro e regride após o nascimento do bebê.

Dessa forma, o grupo de maior risco é formado pelas mulheres na primeira gestação, pela gestação gemelar (aquela que apresenta dois ou mais fetos em uma mesma gravidez) e por gestantes com pressão arterial alta desde o inicio. Também correm risco gestantes portadoras de doenças autoimunes, como diabetes tipo 1 e de doenças renais.

Considerando que as principais causas de morte materna durante a gestação no Brasil são hipertensão, hemorragia e infecções, podemos associar a pré-eclâmpisia e a eclâmpisia (com convulsão) como responsáveis por boa parte dos óbitos. Embora o problema exija atenção especial, é preciso ter em mente que um bom pré-natal garantirá segurança.



Fonte: Revista Sabor & Vida

Por Maria Farias

2 comentários:

kirly disse...

Gostaria de saber se posso engravidar novamente pois tive inicio de pre eclampsia durante a gravidez e infelizmente perdi meu bebe com 8 meses, ha algum risco em uma próxima gravides ou devo ir para laqueadura

Unknown disse...

a minha amiga neném esta morta na barriga eo medico naõ consiguiu ainda tira o bebé de 8meses por causa da pressaõ alta

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