14 setembro, 2009

Vacina do H1N1 deve ser eficiente com dose única, afirma fabricante

Os estudos

Fabricantes e do governo americano mostram que uma só dose da vacina da nova gripe deve ser suficiente. O laboratório CSL, da Austrália, um dos pioneiros nos testes de eficácia da vacina, afirmou que a dose de 15 microgramas de vacina pura, sem adjuvantes – substâncias que ajudam a induzir a produção de anticorpos, é o suficiente. Segundo a empresa, 98% dos indivíduos participantes do estudo apresentaram produção de anticorpos em quantidade capaz de proteger contra o H1N1.

Resultados semelhantes foram obtidos por outra fabricante, a Novartis, que afirmou que em seus testes a produção de anticorpos foi suficiente em 76% dos participantes, com uma dose única da vacina.

Segundo Anthony Faucci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doença Infecciosas, do governo americano, em entrevista a um jornal canadense, esses resultados são semelhantes aos obtidos pelos testes realizados até agora pelo NIH (Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos). Ainda segundo o médico, a produção de anticorpos foi obtida em 10 dias após a aplicação da vacina.

O mesmo instituto divulgou que os testes da nova vacina serão realizados também em grávidas. Mais de 120 mulheres, com idades entre 18 e 39 anos que estão entre a 14ª e 34ª semana de gestação receberão a vacina. As grávidas deverão receber doses entre 15 e 30 microgramas do produto fabricado pela Sanofi-Aventis para o governo daquele pais.

Quantidade de doses da nova vacina

A decisão técnica sobre a utilização de uma ou mais doses da nova vacina pode significar a cobertura do dobro de pessoas no mundo, já que estudos iniciais apontavam para a necessidade de duas doses para obtenção de proteção.
Em todos os estudos já divulgados, os efeitos colaterais são semelhantes aos que ocorrem na vacinação de gripe sazonal que é realizada todos os anos. O mais frequente é o desconforto no local da aplicação.


Eficácia da vacina para Idosos e Crianças

Ainda restam dúvidas quanto à eficácia da vacina nos idosos. As primeiras informações dão conta de que essas pessoas não produziriam a quantidade ideal de anticorpos com a vacina por já terem tido contato com vírus semelhantes em ocasiões anteriores. Já com as crianças com menos de 9 anos, ainda não existem evidências que possam definir se serão necessárias uma ou mais doses para que se obtenha a proteção desejada.





Fonte:

Ciência e Saúde - G1

2 comentários:

Anônimo disse...

E sobre a alergia a ovos.Já ouvi falar que quem tem esse tipo de alergia não poderá receber a vacina, é verdade?:b

Biomedicina disse...

Alergia a Ovos

A resposta do CDC( http://www.cdc.gov/h1n1flu/vaccination/clinicians_qa.htm ) :

"Perguntar se a pessoa tem algum efeito após comer ovos ou alimentos preparados a base de ovos é um bom método de saber quem pode ter riscos ao usar a vacina. Pessoas com sintomas como chiados, vergões pelo corpo, inchaço nos lábios e língua e desconforto respiratório após ingerirem ovos e derivados, devem consultar um médico para uma avaliação apropriada. Pessoas que têm a hipersensibilidade às proteínas do ovo documentada (dosagem da IgE), incluindo as que têm asma ocupacional associada à exposição à proteína do ovo, também podem ter risco aumentado de desencadear reações alérgicas à vacina contra influenza e uma consulta com um médico antes da vacinação deve ser considerada." Há estudos mostrando ser seguro aplicar a vacina da influenza sazonal - que tem o mesmo processo de fabricação - em crianças. Recomendo fortemente uma consulta ao médico responsável pela criança para avaliação da relação risco/benefício em se tomar a vacina sendo alérgico à proteína do ovo.

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