Pesquisadores das universidades Harvard e de Washington identificaram em bactérias do intestino humano genes que as auxiliam a se tornar resistentes à ação de antibióticos. O estudo, publicado nesta semana na "Science", aponta que a maioria dos genes encontrados apresenta características evolucionárias diferentes das conhecidas pelos cientistas.
As bactérias têm a capacidade de trocar seu material genético, com isso durante uma infecção, um patógeno interage com muitas bactérias do corpo humano, resultando na possibilidade de troca genética, explica Morten Sommer, pesquisador da Faculdade de Medicina de Harvard.
A descoberta pode não prevenir o surgimento de bactérias multirresistentes, mas pode indicar o problema do uso desnecessário de antibióticos.
O estudo começou com a análise de DNA de amostras de saliva e fezes de duas pessoas saudáveis. Em seguida, os pesquisadores constataram um grande reservatório de novos genes que foram inseridos na bactéria Escherichia coli. O resultado foi a resistência do microrganismo a um amplo espectro de antibióticos. “A microflora do intestino humano é um reservatório significativo de genes resistentes que podem ser acessados por microrganismos nocivos à saúde”, diz Sommer.
Fonte:Ciência e Saúde - G1
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