10 setembro, 2009

Descoberta célula-tronco associada ao câncer de próstata

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens de todo o mundo, depois do de pulmão. A doença mata 254 mil homens por ano no mundo.

Os pesquisadores descobriram uma célula-tronco que pode provocar pelo menos alguns tipos de câncer de próstata. A descoberta ainda é apenas experimental - as células foram descobertas em ratos, mas pode explicar pelo menos alguns tipos de tumores prostáticos, e no futuro oferecer novas formas de tratá-los, segundo artigo publicado na revista "Nature".

A descoberta

Ela também aponta para uma possível nova fonte dos tumores da próstata - as chamadas células luminais, que secretam vários compostos usados pela próstata. "O papel das células-tronco no desenvolvimento do câncer de próstata tem sido um foco de especulação há muitos anos", disse em nota Helen Rippon, da entidade britânica Prostate Cancer Charity.

"O importante é que esta nova célula-tronco não depende de andrógenos - os hormônios sexuais masculinos que controlam o crescimento da próstata, para sobreviver e crescer. Isso pode dar uma pista sobre por que o câncer de próstata frequentemente se torna resistente a tratamentos destinados a regular esses andrógenos nos estágios avançados da doença", acrescentou Helen, que não participou da pesquisa.

CARNs

Michael Shen, do Centro Médico da Universidade Columbia, e seus colegas batizaram as novas células-tronco como CARNs, sigla relativa a "células de expressão Nkx3.1 resistentes à castração".

Elas normalmente regeneram parte do tecido que reveste o interior da glândula, responsável pela produção de sêmen. Mas as células podem também formar tumores se certos genes destinados a impedir o crescimento descontrolado são "desligados".

Em um comunicado de Shen:

"As pesquisas anteriores indicaram que o câncer de próstata se origina das células-tronco basais, e que durante a formação do câncer essas células se tornam células luminais. Mas em vez disso, as CARNs podem representar uma origem luminal para o câncer de próstata."




Fonte:
Ciência e Saúde - G1

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