17 setembro, 2009

Cientistas curam daltonismo em macacos com terapia genética

Introdução ao estudo

Pesquisadores da Universidade de Washington e da Universidade da Flórida usaram terapia genética para curar micos-de-cheiro (Saimiri sciureus) de daltonismo – falha na percepção de certas cores, a desordem genética mais comum em humanos. O estudo foi publicado 16/09/2009, na revista “Nature”.


De acordo com William Hauswirth, professor de genética molecular oftalmológica da Universidade da Flórida, adicionaram sensibilidade para o vermelho às células cônicas (responsáveis pela visão das cores e pela visão central) em animais que nasceram com uma condição que é similar ao daltonismo. Foram capazes de curar uma doença cônica em um primata, e que isso pode ser feito com muita segurança.

“Cremos que a tecnologia seria útil na correção de muitas desordens de visão diferentes”, disse Jay Neitz, professor de oftalmologia da Universidade de Washington.

Técnica

Os cientistas usaram uma técnica que usa um adenovírus inofensivo para “entregar” genes corretivos que produzem uma determinada proteína. Neste caso, os pesquisadores queriam produzir uma substância chamada opsina de onda longa – proteína que age na retina para produzir pigmentos sensíveis ao vermelho e ao verde.


Daltonismo

No tipo mais comum de daltonismo, há incapacidade de distinguir vermelho ou verde, ou ambos. A doença foi descoberta em 1798 pelo químico inglês John Dalton, que percebeu que não tinha sensibilidade a cores e publicou o primeiro estudo sobre o assunto.


Mesmo em tipos mais comuns de cegueira, como a degeneração macular relacionada à idade e a retinopatia diabética, a visão poderia ser potencialmente restaurada por meio do tratamento genético centralizado nas células cônicas, disse Hauswirth.




Fonte:
Ciência e Saúde - G1
Nature

0 comentários:

Postar um comentário