17 agosto, 2009

Tabela de comparação entre Gripes desaprovada.

Infectologistas desaprovam tabela para diferenciar gripe comum da gripe A.

Muitas tabelas foram criadas e divulgadas na internet com a comparação da gripe comum com a gripe A, embaixo delas com a fonte da Organização Mundial da Saúde (OMS). Tinham um objetivo de estar facilitando a população de um maior conhecimento sobre o caso da Influeza A, mas vários infectologistas desaprovaram essa medida.

A orientação oficial da agência de saúde pública das Nações Unidas é clara: “você não será capaz de saber a diferença entre a gripe sazonal e a influenza A (H1N1) sem ajuda médica. Os sintomas típicos a observar são similares aos provocados por vírus sazonais e incluem febre, tosse, dor de cabeça, dores no corpo, dor de garganta e rinorreia (secreção nasal). Apenas seu médico e a autoridade de saúde local podem confirmar um caso de influenza A (H1N1)”.

Afirmações de Infectologistas

“É um desserviço”, afirma Caio Rosenthal, infectologista do Hospital Emílio Ribas. “Não tem nenhuma diferença, na verdade. O que varia é o tratamento. “Evidentemente, trata-se de uma epidemia nova, ainda não compreendida”, ressalva. De fato, alguns estudos científicos já foram publicados indicando diferenças nos efeitos causados pelo vírus H1N1 sobre o organismo, quando comparados ao quadro usual resultante de uma gripe comum.

O guia prático de diferenciação sintomática das gripes há uma boa distância, até porque pode acabar causando mais confusão. “Você não pode dar uma falsa tranquilidade, da mesma forma que não pode amedrontar”, resume Antonio Pignatari, professor titular de infectologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e infectologista do Hospital 9 de Julho. “Eu não consigo diferenciar, e se aparece uma pessoa com 38° de febre ou 38,5°, para mim não muda muito. Eu vou ver o paciente.”

A posição do Ministério da Saúde é semelhante. Há uma semana, o diretor de Vigilância Epidemiológica da pasta foi categórico: “Não existe distinção clínica entre quem tem gripe sazonal e Influenza A (H1N1)”, afirmou Eduardo Hage.



Fonte: Cência e Saúde - Globo G1

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