26 julho, 2010

Tireoide e Algoritimo

Nos últimos 40 anos, ocorreu uma melhora substancial na sensibilidade e especificidade dos teste Tireoidianos, principalmente com o desenvolvimento dos métodos imunométricos não isotópicos. Segue uma avaliação de alguns hormônios Tireoidianos e Algoritimo para investigação laboratorial da disfunção tireoidiana.

→ Fatores pré-analíticos

• Variáveis Fisiológicas

A função tireoidiana pode ser determinada diretamente pela medida dos seus hormônios (T4 eT3) ou indiretamente através da ação desses hormônios na secreção de TSH. Se a unidade hipotálamo-hipofisária funciona normalmente, as concentrações de TSH estarão inversamente relacionadas à função tireoidiana. A medida do TSH é mais sensível para a detecção da disfunção tireoidiana. Iso corre por dois motivos: o primeiro é que a sua concnetração sérica e do T4 têm uma relação log-linear tal que pequenas anormalidades no T4 irão produzir uma resposta amplificada do TSH; o segundo motivo é que estudos conduzidos em gêmeos demonstram um setpoint determinado geneticamente para o T4 e dessa forma, nos estágios precoces da disfunção tireoidiana a anormalidade do TSH será anterior à do T4.


→ Dosagem de T3 e T4 Totais e Livres

Tecnicamente é mais fácil mensurar as concentrações totais dos hormônios tireoidianos do que as frações não ligadas às proteínas. Isso ocorre devido ao fato de que as concentrações totais são mensuradas em nanomoles, enquanto a fração livre é medida em picomoles.

Existem grandes diferenças entre os métodos de dosagem para T4T e T3T. Essas diferenças ocorrem devido à falta de ensaios padronizados de referência para T4T e T3T. Além dsiso, existem diferenças quanto à sensibilidade do instrumento, quanto ao soro humano e a matriz do calibrador. Concentrações anormais de T4T e T3T são comumente encontradas como o resultado de anormalidades das proteínas de ligação e não à disfunção tireoidiana. Alguns pacientes contêm outras proteínas anormais como autoanticorpos contra hormônios tireoidianos totais.


Os testes para a fração livre dos hormônios tireoidianos são realizados por métodos de detecção indireta, que requerem dois testes separados ou técnicas imunoensaio direto.

→ Dosagem de TSH

Houve uma grande melhora na metodologia da dosagem do TSH, possibilitando a sua utilização como teste de rastreio para as difunções tireoidianas. Apesar dessa grande melhora na sua sensibilidade e especificidade, os ensaios para TSH não estão isentos de algumas interferências.

Por exemplo, pacientes como hipotireoidismo central ocasionado por disfunção pituitária ou hipotalâmica secretam isoformas com glicosilação anormal e reduzida atividade biológica que são medidas como concentrações paradoxalmente normais de TSH pela maioria dos métodos. De outra forma, concentrações séricas normais de TSH pode ser vistas quando pacientes têm hipertireoidismo por tumores produtores de TSH, que parecem secretar isoformas de TSH com elevada atividade biológica.
Outras possibilidades de interferência são os anticorpos heterófilos e a contaminação da amostra por heparina; o primeiro levando a valores falsamente elevados e o segundo a valores falsamente baixos.

Um conceito importante ao analisar a sensibilidade do teste de TSH é a sua sensiblidade funcional, calculada como o limite máximo de 20% para o coeficiente de variação interensaio. Essa senbilidade funcional seria o menor valor clinicamente relevante do teste.



Anormalidades transitórias do nível de TSH podem ser encontradas em pacientes hospitalizados. Deve-se ter precaução na sua análise nessa condição. Os níveis de TSH são caracteristicamente mais altos na idade neonatal e valores apropriados de referência devem ser utilizados. De uma forma geral os ensaios TSH são menos sucetíveis a interferência do que os ensaios para T4L.





Aparelho Unicel DxI 800



Fonte: Hermes Pardini



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