O Ágar-Ágar, também conhecido simplesmente como Ágar, é um hidrocolóide extraído de diversos gêneros e espécies de algas marinhas vermelhas que consiste em uma mistura heterogênea de dois polissacarídeos, agarose e agaropectina. Essas substâncias ocorrem como carbohidrato estrutural na parede das células. Tais algas que contém o ágar-ágar são denominadas agarófitas e pertencem à classe Rodophyta . O nome deste polímero provém da palavra malaia agar-agar. Os principais gêneros de algas agarófitas são a Gelidium, Gracilaria, Gigartina, Gelidiela e Pterocladia.
Alga vermelha (Rhodophyta) do gênero Gigartina.
Na área da Biomedica é mais utilizado como substrato na preparação de meios de cultura bacteriana em microbiologia.
Uso em microbiologia
O agar é muito usado em meios de cultura sólidos para bactérias e fungos, mas não para vírus. Alguns vírus podem, no entanto, ser cultivados em bactérias que,p
Após solidificação do meio, este encontra-se apto a albergar o crescimento de microrganismos. Diferentes microrganismos possuem diferentes necessidades nutricionais, por isso o meio de cultura é adaptado para satisfazer essas necessidades. Por exemplo, um tipo de meio é o blood agar (literalmente, agar de sangue), que possui como suplemento sangue de cavalo e é usado para detectar a presença de organismos hemorrágicos, como a Escherichia coli. A detecção é feita através da digestão do sangue, que torna a placa mais clara.
Uso em biologia molecular
A agarose é muito usada em biologia molecular como matriz na eletroforese em gel. Géis de agarose com concentrações tipicamente entre 0,5% e 2,5% (p/v) são usados para separação de moléculas de ácidos nucleicos de diferentes tamanhos. Os géis de agarose são feitos dissolvendo a quantidade desejada de agarose em solução tampão adequada aquecida
(normalmente, Tris-borato-EDTA ou Tris-acetato-EDTA), sendo esta despejada em um molde retangular. Enquanto a mistura não solidifca, é inserido um pente específco para que existam pequenos poços no gel. Este processo é possível porque a agarose apresenta histerese, ou seja, solidifica a uma temperatura (32ºC - 40ºC) diferente da temperatura de fusão (85ºC). Após a completa solidificação da agarose, o pente é retirado e as amostras podem ser aplicadas nos poços entretanto formados. Como podemos ver na imagem ao lado.O gel é colocado em uma tina contendo o mesmo tipo de solução tampão usada no gel e sujeita a uma diferença de potencial que pode chegar até 150 volts. Os ácidos nucleicos migram do pólo negativo (cátodo) para o pólo positivo (ânodo), separando-se segundo o seu tamanho: as moléculas menores encontram menos resistência a passagem através do gel, migrando mais rapidamente em direção ao pólo positivo.
A eletroforese em gel de agarose é uma das ferramentas mais utilizadas para verificação da qua-lidade (pureza e quantidade) de DNA ou RNA de uma amostra (por exemplo, para verificar a presença de produtos desejados de PCR), assim como para a purificação de ácidos nucleicos. Com isso o DNA de interesse é separado dos demais contaminantes (outras moléculas de DNA de diferentes tamanhos), posteriormente excisado e separado da agarose.



Biomedicina

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