06 novembro, 2011

HEPATITE A

A hepatite A é uma doença contagiosa, causada pelo vírus A (VHA) e também conhecida como “hepatite infecciosa”. O VHA é um vírus de RNA pertencente à família dos Picornavírus.

→ Transmissão

É fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus.

→ Sintomas

Geralmente, não apresenta sintomas. Porém, os mais frequentes são: cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Quando surgem, costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção. Como as hepatites virais são doenças silenciosas, consulte regularmente um médico e faça o teste.

→ Diagnóstico

O diagnóstico da doença é realizado por exame de sangue, no qual se procura por anticorpos anti-HAV. Após a confirmação, o profissional de saúde indicará o tratamento mais adequado, de acordo com a saúde do paciente. A doença é totalmente curável quando o portador segue corretamente todas as recomendações médicas. Na maioria dos casos, a hepatite A é uma doença de caráter benigno. Causa insuficiência hepática aguda grave e pode ser fulminante em menos de 1% dos casos.

HEPATITE A - Anti - HVA IgG e HVA IgM

Utilizado para o diagnóstico diferencial de hepatites. A presença de anticorpos anti-HVA IgG indica contato passado com o HVA. A presença de anticorpos anti-HVA IgM, acompanhada de clínica compatível, é evidência de hepatite por HVA.

O anticorpo IgM aparece em processos de hepatite A próximo da época do início dos sintomas, desaparecendo em torno de 3-6 meses depois. Teste não reagente para IgM e reagente para IgG indica contato passado, com consequente imunidade.

Contudo, a elevação de títulos IgG em dois testes consecutivos marca processo infeccioso não agudo atual. Anticorpos IgG permanecem em títulos constantes ou decrescentes por anos. A presença de anticorpos anti-HVA (IgG ou IgM) não exclui o diagnóstico de outras hepatites, como as causadas por HBV ou HCV. Interferentes: vacinação para HVA.


→ Previna-se

A melhor forma de se evitar a doença é melhorando as condições de higiene e de saneamento básico, como por exemplo:
• Lavar as mãos após ir ao banheiro, trocar fraldas e antes de comer ou preparar alimentos;
• Lavar bem, com água tratada, clorada ou fervida, os alimentos que são consumidos crus, deixando-os de molho por 30 minutos;
• Cozinhar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente mariscos, frutos do mar e carne de porco;
• Lavar adequadamente pratos, copos, talheres e mamadeiras;
• Não tomar banho ou brincar perto de valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto a céu aberto;
• Evitar a construção de fossas próximas a poços e nascentes de rios, para não comprometer o lençol d'água que alimenta o poço. Deve-se respeitar, por medidas de segurança, a distância mínima de 15 metros entre o poço e a fossa do tipo seca e de 45 metros, para os demais focos de contaminação, como chiqueiros, estábulos, valões de esgoto, galerias de infiltração e outros;
• Caso haja algum doente com hepatite A em casa, utilizar hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária ao lavar o banheiro;
• No caso de creches, pré-escolas, lanchonetes, restaurantes e instituições fechadas, adotar medidas rigorosas de higiene, tal como a desinfecção de objetos, bancadas e chão utilizando hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária.
• Para tratar a água, basta ferver ou colocar duas gotas de hipoclorito de sódio em um litro de água, 30 minutos antes de bebê-la, deixando o recipiente tampado para que o hipoclorito possa agir, tornando a água potável para o consumo. Na ausência de hipoclorito de sódio, pode-se preparar uma solução caseira com uma colher das de sopa de água sanitária a 2,5% (sem alvejante), diluída em um litro de água.

→ Casos especiais

Atualmente, o Sistema Único de Saúde disponibiliza uma vacina específica contra o vírus causador da hepatite A. Mas esta vacina só é recomendada em situações especiais, como em pessoas com outras doenças crônicas no fígado ou que fizeram transplante de medula óssea, por exemplo.



Fonte: Lab. Alvaro. Ministério da Saúde.





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