21 novembro, 2011

HEPATITE C


Causada pelo vírus C (VHC), já tendo sido chamada de “hepatite não A não B”. O vírus C, assim como o vírus causador da hepatite B, está presente no sangue.

→ Entre as causas de transmissão estão:


. Transfusão de sangue;
. Compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos, entre outros), higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou para confecção de tatuagem e colocação de piercings;
. Da mãe infectada para o filho durante a gravidez;
. Sexo sem camisinha com uma pessoa infectada (forma mais rara de infecção).

O surgimento de sintomas em pessoas com hepatite C aguda é muito raro. Entretanto, os que mais aparecem são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Por se tratar de uma doença silenciosa, é importante consultar-se com um médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam todas as formas de hepatite.

Em exposições com paciente-fonte infectado pelo vírus da hepatite C e naquelas com fonte desconhecida, é recomendado o acompanhamento do profissional de saúde. Como o período de incubação da hepatite C dura em média 7 semanas (variando entre 2 a 24 semanas) e a grande maioria (> 75%) dos casos agudos é assintomática, é necessária a investigação laboratorial para o diagnóstico. Cerca de 70 a 85% dos casos de contaminação pelo HCV evoluem para doença crônica. O diagnóstico precoce da hepatite amplia a eficácia do tratamento.

Na ausência de medidas profiláticas (p.ex. imunoglobulinas ou vacinas) para prevenção da transmissão do HCV e diante de algumas evidências de que o tratamento da infecção aguda com antivirais (p.ex. interferon) poderia prevenir a evolução para doença crônica, sugere-se, principalmente nas exposições de alto risco com fonte positiva, a realização da pesquisa de HCV RNA no 90° dia após a exposição. Este exame está indicado para o diagnóstico da infecção aguda e tratamento precoce desta, o qual deverá ser realizado antes de 120 dias da evolução, em Serviço Especializado.

→ Diagnóstico Laboratorial

HEPATITE C - Anti - HCV
HEPATITE C - Detecção por PCR
HEPATITE C - Genotipagem
HEPATITE C - Quantificação + Genotipagem
HEPATITE C - Quantificação por PCR

→ O tratamento da hepatite C crônica está indicado nas seguintes situações:

a) ser portador do vírus da hepatite C (HCV) identificado por detecção do RNA por técnicas moleculares de amplificação;
b) ter realizado, nos últimos 24 meses, biópsia hepática onde tenha sido evidenciada atividade necroinflamatória de moderada a intensa (maior ou igual a A2 pela classificação Metavir ou atividade portal ou peri-septal grau 2 da classificação da Sociedade Brasileira de Patologia) e presença de fibrose de moderada a intensa (maior ou igual a F2 pelas classificações Metavir ou Sociedade Brasileira de Patologia);
c) ter mais de 12 anos;
d) ter contagem de plaquetas acima de 50.000/mm3 e de neutrófilos acima de 1.500/mm3;

→ Previna-se

Não existe vacina contra a hepatite C, mas evitar a doença é muito fácil. Basta não compartilhar seringa, agulha e objetos cortantes com outras pessoas e usar camisinha em todas as relações sexuais. O preservativo está disponível na rede pública de saúde. Caso você não saiba onde retirar a camisinha, ligue para o Disque Saúde (0800 61 1997).

Além disso, toda mulher grávida precisa fazer o pré-natal e os exames para detectar as hepatites, a aids e a sífilis. Esse cuidado é fundamental para evitar a transmissão de mãe para filho. Em caso de resultado positivo, é necessário seguir todas as recomendações médicas, inclusive sobre o tipo de parto e amamentação (fissuras no seio da mãe podem permitir a passagem de sangue).



Secretaria de Vigilância em Saúde/MS





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