26 outubro, 2011

HEPATITE B



O vírus da Hepatite B é um dos principais agentes etiológicos das hepatites agudas e crônicas e está também relacionado com o desenvolvimento de cirrose e carcinoma hepático.

→ Vigilância Epidemiológica (VE)

A notificação deve ser estendido como apenas uma ação no processo de vigilância.
O rastreamento da fonte de infecção relacionada a cada caso é primordial na implantação de medidas de prevenção e controle adequado.



→ Atendimento das Hepatites Virais no SUS

A rede de assistência às hepatites virais no SUS está dividida em três níveis:
• Atenção Básica
• Média Complexidade
• Alta Complexidade

Atenção Básica:

Centro de Testagem e Aconselhamento, Unidade Básica de Saúde, Programa Saúde da Família
Tem a competência de promoção à saúde; prevenção; triagem sorológica; acompanhamento de pacientes.
Atendimento das Hepatites Virais no SUS

Média Complexidade:

Assistência Ambulatorial e Hospitalar.
Competência da realização de exames confirmatórios; biópsia hepática; definição da necessidade de tratamento; tratamento e manejo clínico de pacientes.

Alta Complexidade:

Assistência Ambulatorial e Hospitalar.
Competência de todas as atividades descritas para o nível II para a população da sua área de abrangência.; Protocolos de pesquisa; Acompanhamento de pacientes em situações especiais; como casos em falha terapêutica.

→ Transmissão

- A transmissão do vírus da hepatite B (HBV) se faz por via parenteral, através da via sexual, sendo considerada uma doença sexualmente transmissível.
- Pode também, ser transmitida pela pele e mucos, relações sexuais desprotegidas e por via parenteral, através do compartilhamento de agulhas e seringas, tatuagens, piercings, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos, etcs.
- Os líquidos orgânicos, tais como, sêmen, secreção vaginal e leite materno, também podem conter o vírus e constituir-se fonte de infecção.
- Transmissão vertical, de mãe para filho.
- As infecções causadas pela HBV são habitualmente anictéricas (apenas 30% apresentam icterícia)

→ Suspeita Clínica

• Sintomático ictérico
Apresenta icterícia, sintomas como febre, mal estar, náuseas, vômitos etc.
• Sintomático anictérico
Não apresenta icterícia, apresenta um ou mais sintomas como febre e mal estar.
• Assintomático
Indivíduo exposto a uma fonte de infecção bem documentada (transfusão de sangue, procedimentos cirúrgicos, etcs)

→ Diagnóstico Clínico

Teste sorológico, é compreendido entre a exposição a uma fonte de infecção e o aparecimento de um marcador sorológico.

Testes sorológicos : 30 a 60 dias
Testes de biologia molecular25 dias


→ Exames para VHB

HEPATITE B - HBeAg
HEPATITE B - HBsAg
HEPATITE B - Anti - HBc IgM
HEPATITE B - Anti - HBc total
HEPATITE B - Anti - HBe
HEPATITE B - Anti - HBs
HEPATITE B - Detecção por PCR
HEPATITE B - Genotipagem
HEPATITE B - Quantificação por PCR
HEPATITE B - Quantitativo + Genotipagem


→ Hepatite B Aguda

• HBsAg
É o primeiro marcador que aparece no curso da infecção HBV. Na hepatite aguda, ele declina a níveis indectáveis em até 24 horas.
• Anti-HBc IgM
É marcador de infecção recente, encontrado no soro até 32 semanas após a infecção.
• Anti-HBc Total
É marcador presente nas infecções agudas pela presença de IgM e crônicas pela presença de IgG. Representa Contato prévio com o vírus
• HBeAg
É marcador de replicação viral. Sua positividade indica alta infecciosidade.
• Anti-Hbe
Surge após o desaparecimento do HBeAg, indica o fim da fase replicativa.
• Anti-Hbs
É o único Ac que confere com imunidade ao HBV. Está presente no soro após o desaparecimento do HBsAg, sendo indicador de cura e imunidade. Está presente isoladamente em pessoas vacinadas.


→ Hepatite B Crônica

• HBsAg
Sua presença por mais de 24 semanas é indicativa de Hepatite Crônica.
• HBeAg
Na infecção crônica está presente enquanto ocorrer alta replicação viral.
• Anti-Hbe
Sua presença sugere redução ou ausência de replicação viral, exceto nas cepas com mutação pré-core (Não produtoras da proteína ‘’e’’).

→ HEPATITE B - Quantitativo+Genotipagem

Embora existam diversos marcadores sorológicos extremamente úteis, em muitas situações é importante a detecção do DNA viral e a quantificação da carga viral. Alguns mutantes do VHB podem apresentar modificações importantes no AgHBs e no AgHBe, fazendo com que não sejam mais detectados por métodos imunológicos. Nestes casos, apenas a detecção do DNA pode identificar a presença da partícula viral circulante. Este método tem como objetivo detectar a presença de mutações específicas nos domínios B e C da DNA polimerase viral. A presença dessas mutações M1550V, M550I e L 526M leva o paciente a ficar resistente a essas drogas. Este teste também é conhecido como resistência genotípica do VHB aos inibidores da DNA polimerase viral, sequenciamento da DNA polimerase do VHB ou pesquisa de mutação YMDD.

→ Interpretação dos resultados sorológicos

Perfis sorológicos, atípicos podem ser encontrados no curso da infecção pelo HBV, tais circunstâncias necessitam da avaliação de um especialista (Hepatologista ou infectologista).
Com o passar do tempo, o Anti-Hbs pode estar em níveis indectáveis pelos testes sorológicos.

→ Exame de Biologia Molecular

Os testes são utilizados para detectar a presença do ácido nucléico do vírus. Podem ser qualitativos (presença ou ausência do vírus), quantitativos (indicam carga viral) ou de genotipagem (indicam o genótipo do vírus)

Interpretação:
• Suspeita de cepas com mutações pré-core do HBV, mediante pressão imunológica.
• Suspeita de cepas com mutações YMDD, no curso da terapia antiviral.
• Monitoramento terapêutico.

→ Vacina HBV

• Disponível para menores de um ano de idade, e crianças entre um e 19 anos de idade.
• Para todas as faixas etárias somente em casos ‘especiais’.
• Vítimas de abuso sexual
• Ac idente com material biológico (vacinar em até 24hrs após o acidente).
• Profissionais de saúde
• Doadores de sangue

→ Vacina HBV

• A imunização da hepatite B é realiza em três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose.
• Após a administração da vacina, induz imunidade em 90% e 95% dos casos.
• Algumas Populações, como imunocomprometidos, portadores de insuficiência renal em programas de hemodiálise e alguns bêbes prematuros devem fazer uso de esquemas especiais.





Fonte: Ministério da Saúde;




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