07 maio, 2010

Diretrizes para a abordagem laboratorial da Influenza (Gripe)

(inclui a SARS ou Pneumonia Asiática ou Gripe Aviária e a Gripe Suína)

Nota do LABConsult: O Laboratório deve buscar a orientação formal e atualizada emanada do Ministério da Saúde e da respectiva Secretaria de Saúde Estadual para o estabelecimento das diretrizes definitivas e revisão desse documento de acordo com a política, os protocolos e laboratórios de referência locais.

1. Sinonímia

SRAG – Síndrome Respiratória Aguda Grave (termo em português para SARS)
SARS – Severe Acute Respiratory Syndrome
Gripe Aviária – Nome usual da Influenza causada por vírus de origem aviária.
Gripe Suína - Nome usual da Influenza causada por vírus de origem suína.
ANF – Aspirado de nasofaringe

2. Introdução

A influenza ou gripe é uma infecção viral aguda do sistema respiratório, de distribuição global e elevada transmissibilidade. Os vírus influenza são subdivididos nos tipos A, B e C, de acordo com perfis antigênicos característicos. Por serem altamente transmissíveis e mutáveis, os vírus da influenza, principalmente os vírus influenza A, costumam causar surtos, epidemias e mesmo pandemias, podendo proporcionar elevada morbidade e mortalidade.

A gripe é causada pelo vírus influenza, que são vírus RNA de hélice única da família Ortomixiviridae e estão subdivididos em três tipos antigenicamente distintos: A, B e C. Os vírus influenza A são classificados de acordo com duas proteínas de superfície (Hemaglutinina e Neuraminidase); podem sofrer alterações em sua estrutura, propiciando o surgimento de novas cepas, contribuindo para a ocorrência de epidemias e pandemias de gripe.

3. Normas de Biossegurança

3.1. Orientações gerais de biossegurança na manipulação de pacientes e de espécimes clínicos procedentes de casos suspeitos

Muitas vezes, um surto ou epidemia se estabelecem enquanto ainda não estão bem definidos o agente etiológico e os aspectos epidemiológicos acerca da transmissão. Recomendam-se alguns procedimentos de barreira de proteção, tais como isolamento do paciente e utilização de equipamentos de proteção individual (EPI), no sentido de minimizar a transmissão para outras pessoas. O caso suspeito deverá usar máscara cirúrgica até que seja excluída a possibilidade de se tratar de SRAG.

A lavagem das mãos é a medida mais importante na prevenção da disseminação de
infecções, inclusive as de transmissão respiratória, juntamente com as demais medidas que serão descritas abaixo.

3.2. Cuidados para pacientes suspeitos de SRAG ou Gripe

1. A manipulação de pacientes com suspeita clínica de SRAG deve obedecer às
normas gerais de biossegurança, não só para os profissionais de saúde envolvidos no atendimento ao paciente, como para os técnicos de laboratório que irão manipular as amostras biológicas colhidas, sendo indispensável o uso de:
Avental descartável, com mangas compridas, punho em malha ou elástico, gramatura 50 g/m²;
Luvas de látex, descartáveis, não estéreis (luvas de procedimento);
Máscara de proteção facial, tipo respirador, para partículas, sem manutenção, com eficácia na filtração de 95% de partículas de até 0,3 (máscaras N95). Poderá ser adquirida com válvula especial para facilitar a respiração. Óculos de proteção, flexível, em PVC incolor, leve, com adaptação ao nariz; lentes em policarbonato.

2. Ao ser identificado um paciente com suspeita de SRAG, este deve ser avaliado em uma sala separada até que sejam tomadas as medidas para internação. Deve ser colocada máscara cirúrgica no paciente até que o mesmo seja encaminhado para o hospital de referência para internação.

OBS. Para todos os contactantes com pacientes suspeitos de SRAG deve ser feita higiene cuidadosa das mãos com água e sabão abundantes. Pode ser usada solução alcoólica como alternativa para lavagem das mãos.


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